Seis dicas para enfrentar um rali de regularidade

Pelo segundo ano consecutivo o Hi-Mundim participou do rali Mitsubishi Motorsport, na etapa de São José do Rio Preto, SP, que rolou no dia 11 de junho. Em 2015, ficamos em terceiro lugar na categoria Imprensa. Desta vez, conseguimos o primeiro lugar na categoria e o 24º na colocação geral na categoria Turismo Light. Esse não é um rali de velocidade, mas de regularidade. Para não perder pontos, você precisa passar nos Postos de Cronometragem (PCs) no tempo e na velocidade determinados na planilha. Quem perder menos pontos, ganha.

A equipe é composta por um piloto e um navegador. Em Rio Preto, a prova da categoria Turismo Light, que teve 100 carros inscritos, durou 4h08min, em um percurso de 150 quilômetros entre São José do Rio Preto, Bady Bassit, Cedral e Potirendaba. Passamos por muita área verde, plantações de cana e trechos desconhecidos por nós, que moramos aqui. No total, o Rali contou com a participação de 161 veículos. Eram picapes L200, Pajeros, e ASX.

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Belas paisagens marcaram a 4ª etapa do rali Mitsubishi Motors em Rio Preto (Foto: Cadu Rolim/Mitsubishi)

São três categorias: a Graduados, para os mais experientes; Turismo, para quem tem experiência intermediária, e a Turismo Light, para os novatos.

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Nós disputamos a prova a bordo da L200 Triton Savana diesel com câmbio automático de cinco velocidades (R$ 146.990,00), cedida pela Mitsubishi Motors. O novo câmbio é uma novidade no modelo. Com ela, enfrentamos diversos tipos de terreno durante a prova, asfalto, terra, lama e com pedras. Em alguns momentos, usamos o 4×4 reduzido, para trechos mais difíceis.

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Os trechos com lama fizeram a alegria dos competidores (Foto: Cadu Rolim/Mitsubishi)

Bom, agora que falamos um pouco sobre a 4ª etapa do Rali Mitsubishi Motors em São José do Rio Preto, vamos dar seis dicas básicas para você que deseja participar de um rali de regularidade.

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Rali levantou muita poeira (Foto: Ricardo Leizer/Mitsubishi)

Confira as nossas dicas para disputar um rali:

1.Veículo

A escolha do veículo é a primeira coisa a ser feita ao decidir participar de um rali. Não é necessário que o carro tenha preparação especial. É bom verificar a trilha antes. Nesta que fizemos, como havia muitos trechos de terra e lama, foi necessário o uso de veículo 4×4, com tração reduzida, que facilitam (e muito) na hora de passar por estradas quase intransitáveis, trilhas, travessias de rios e grandes erosões. A L200 Triton Savana, por exemplo, passou facilmente pelo trechos mais difíceis, como lama e água. Sem perder tração, a picape ultrapassava a lama com muita facilidade, o que nos deixou tranquilos durante a prova. A L200 é equipada com snorkel, que permite atravessar trechos alagados com até 800mm de profundidade. O interior é bem confortável, os bancos são revestidos em neoprene e conta até com sistema multimídia Power Touch.

A gente competiu com esta L200 Triton Savana. Dá uma olhada na placa, rs.

A gente competiu com esta L200 Triton Savana. Dá uma olhada na placa, rs. (Foto: Hi-Mundim)

2. Sintonia entre piloto e navegador

Escolheu o carro? Agora é hora de escolher o seu navegador ou piloto. E num rali formar uma boa dupla é tão importante quanto a escolha do veículo. O piloto deverá conduzir o carro de acordo com as orientações do navegador. Por isso, é imprescindível a boa comunicação entre os dois. O navegador deve passar ao piloto todas as orientações da planilha (descrever a direção a ser seguida, a configuração da referência que está por vir (ex.: tulipa), alterações de velocidades, fazer uma contagem regressiva do tempo para chegada a esta referência).

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Piloto e navegador devem manter a sintonia durante a prova (Foto: Hi-Mundim)

3. Cronômetro

No rali de regularidade o tempo é o que importa. Esqueça a velocidade. Nesta etapa de Rio Preto, por exemplo, a velocidade média da nossa categoria era de 26 km/h. Por isso, o cronômetro é item básico, e muito importante, para se sair bem na prova. Ele vai te ajudar a passar nos PCs no tempo certo. Na categoria que disputamos, a Imprensa, assim como na Turismo Light, só é permitido o uso do odômetro do carro (que marca quilometragem), cronômetros calculadora, smatphone ou tablet com aplicativos para auxiliar no cálculo de tempo e distância. Na categoria Graduados, é liberado qualquer tipo de equipamento, até mesmo de navegação integrada que indica tempo/distância de atraso ou adianto e é ligado a sensores de movimento do veículo. Nós utilizamos o cronômetro do celular. Mas a nossa dica é: leve um cronômetro normal, pois seu celular pode ficar sem bateria ou travar (foi o que aconteceu com a gente :O). Se revolver levar o celular mesmo, faça um limpa nele e deixe-o com menos arquivos.

Planilha da prova

Planilha da prova (Foto: Mitsubishi)

4. Atenção ao tempo

Tempo, tempo, tempo. É ele que importa no rali de regularidade. Por exemplo: depois de 2,510 Km da última zerada do odômetro do carro, em exatas 1 hora, 28 minutos e 30 segundos da largada (durante a prova você NUNCA irá zerar o cronômetro, somente o odômetro), a equipe deve entrar à direita, alterando a velocidade para 33 Km/h a partir deste ponto. Se neste ponto houver um PC, vocês devem fazer tudo isso no tempo e na velocidade exatos. Por isso, muita atenção ao acelerar ou diminuir a velocidade. Isso pode alterar sua chegada aos Pontos de Cronometragem e fazer sua dupla ganhar pontos, o que neste caso é ruim.

Muita lama na etapa em Rio Preto (Foto: Cadu Rolim/Mitsubishi)

Muita lama na etapa em Rio Preto (Foto: Cadu Rolim/Mitsubishi)

5. Pé leve

Essa dica complementa a de cima. Neste tipo de rali a velocidade não é o mais importante. O que importa é seguir a planilha da prova e completar no tempo certo. Por isso, mantenha o pé leve no acelerador. Cada quilômetro a mais faz uma grande diferença em cada Ponto de Cronometragem. Em alguns momentos, o piloto tem de aumentar a velocidade média de 18km/h para 42km/h, em trecho de menos de 100 metros, por exemplo. Por isso é importante que o piloto fique de olho no odômetro. Muitas vezes, nessa prova, eu, que estava de “pilota”, acelerei além do indicado e fiz com que chegássemos adiantados ao PC. Com isso, ganhávamos pontos 🙁

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L200 enfrenta a lama sem problema (Foto: Cadu Rolim/Mitsubishi)

6. Paciência e concentração

Irmão, casais, amigos. Não tem jeito. Sempre vai rolar um estresse em algum momento da prova. Se isso acontecer, mantenha a paciência e sigam em frente! O rali é um momento de diversão e descontração. Durante a nossa prova, erramos trajeto, pisei fundo, andei devagar, o Marcelo (navegador) se confundiu e se perdeu na planilha… Mas isso tudo faz parte e nossa dica é: mantenham a concentração na trilha, no odômetro, na planilha e no cronômetro. E divirtam-se! 😉

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Com o troféu de 1º na categoria Imprensa (Foto: Elton Rodrigues)