Núcleo 2 encontra ‘ser vegetativo’ no Zoológico

Zoológico de Rio Preto recebe intervenção artística do Núcleo 2 (Foto: Divulgação/Prefeitura)
Zoológico de Rio Preto recebe intervenção artística do Núcleo 2 (Foto: Divulgação/Prefeitura)

Uma nova espécia humana, surgida no futuro, estará no Bosque Zoológico de São José do Rio Preto, SP, neste sábado, 26, às 15h. Mas calma, ele faz parte da nova intervenção urbana ‘Vale de Noz’, do Agrupamento Núcleo 2.

O grupo, sediado em Rio Preto, reúne artistas de diferentes linguagens.

A intervenção é a terceira ação realizada como parte do processo de preparação para o espetáculo multimídia “Galeria para Cemitérios”, ambientado no futuro, que estreia em julho.

No sábado, nas proximidades do Vale de Noz, operadores da GPC (empresa especializada na instalação de galerias de arte contemporânea em cemitérios) encontram um ser do século 21.

Após algumas análises, descobrem que ele se encontra em estado vegetativo e se mantém vivo por irradiação sonora e sensorial.

Os operadores tentam acessar sua memória, em busca de informações sobre os séculos passados.

Intervenções do Núcleo 2

Com “Vale de Noz”, a pesquisa espacial que o Núcleo 2 realiza em Rio Preto desde o início de maio e as captações de imagens a serem usadas no espetáculo entram na reta final.

“Galeria para Cemitérios” utiliza como pretexto a montagem de uma exposição de arte contemporânea voltada aos mortos para debater questões atuais, como a insensatez e a antropofagia social.

Na primeira intervenção urbana promovida pelo Núcleo 2, chamada “Operação Mausoléu”, operadores da GPC saíram às ruas a procura de objetos, pedaços esquecidos da humanidade.

Tais objetos fizeram parte da instalação performática e interativa “Laboratório de Memórias”, levada ao Riopreto Shopping, onde os operadores manipularam e tentaram se conectar aos achados.

Ronaldo Celeguini na intervenção no Riopreto Shopping (Foto: Jorge Etecheber)

“O trabalho de procura não terminou. Agora, os operadores da GPC encontraram, nas proximidades do Vale de Noz, um ser humano ainda vivo e, muito provavelmente, nascido há mais de três séculos”, afirma Jef Telles, diretor.

Além dele, os artistas que atuam na intervenção no Zoológico são os atores Cássio Henrique e Ronaldo Celeguini e o bailarino Vinícius Francês.

A equipe também é integrada por Marcelo de Castro (trilha sonora), Luis Fernando Lopes (iluminação), Jorge Etecheber (fotografia) e Daniela Honório (produção).

Artes integradas

O projeto é um dos vencedores do Edital de Artes Integradas do ProAC (Programa de Ação Cultural), da Secretaria da Cultura do Governo do Estado.

Para o espetáculo “Galeria para Cemitérios”, será criada uma instalação visual e sonora, abrindo espaço para as ações cênicas dos artistas envolvidos.

Haverá temporada de oito apresentações em Rio Preto. Com sessões no Estúdio Fotográfico Jorge Etecheber, Centro Cultural Vasco, Complexo Swift e Teatro Municipal.

Na opinião do diretor, a junção de elementos e linguagens artísticas denominada como artes integradas nada mais é do que o teatro, sem a obrigatoriedade da estrutura teatral.

Sinopse de Vale de Noz

Um ser, aparentemente humano, foi encontrado em estado vegetativo. Será que existe algo dentro dele? Será que alguma vez existiu?

Serviço

“Vale de Noz”, intervenção urbana do projeto “Galeria para Cemitérios”

Sábado, dia 26 de maio, às 15h, no Bosque Zoológico Municipal de São José do Rio Preto. Fica na rua José Deguer, S/N – Jardim Nazareth

É gratuito