Virado à paulista é patrimônio imaterial

Virado à paulista: patrimônio imaterial
Virado à paulista: patrimônio imaterial

O virado à paulista, típico prato feito servido pelos restaurantes paulistanos tradicionalmente às segundas-feiras, foi reconhecido como patrimônio imaterial do estado de São Paulo.

O título foi concedido no início do mês pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Governo do Estado de São Paulo (Condephaat).

A justificativa é a importância da receita nas viagens de expansão do território brasileiro.

Em seu parecer técnico, o órgão afirma que o prato expressa em sua composição uma demonstração da diversidade cultural característica de São Paulo.

Virado à paulista

Há referências documentais do virado à paulista desde 1602, época em que foi muito utilizado para alimentar as expedições bandeirantes.

O primeiro registro é da expedição de Nicolau Barreto aos atuais territórios do Paraguai, Bolívia e Peru.

A receita surgiu espontaneamente. Com o chacoalhar das andanças pelo interior do Brasil, os ingredientes levados na viagem ficavam revirados. Daí surgiu o nome.

O virado à paulista leva arroz, feijão engrossado na farinha de milho ou de mandioca, carne-seca, bisteca, torresmo, linguiça, couve, ovo frito e banana empanada.

Tradição

Em São Paulo os restaurantes seguem tradicionalmente um cardápio semanal de pratos feitos.

O hábito foi consagrado nas casas senhoriais do século 19 e depois transferido para os restaurantes populares nos séculos seguintes.

Desde então, o virado à paulista tornou-se o prato oficial das segundas-feiras.

O motivo é que a receita é uma saborosa oportunidade para aproveitar as sobras do finais de semana.