Comida de rua em Cusco

Muita gente tem medo. Até mesmo preconceito. Mas o fato é que a comida de rua, muitas vezes, é considerada ponto turístico de um local.

Como ir a Nova York e não experimentar o famoso hot-dog? Ou um acarajé em Salvador (BA)? E que tal um pastel em São Paulo?

Hoje, aliás, é cada vez mais crescente o número de trailers e chefs que se especializam nesse tipo de culinária.

Neste post vamos falar sobre “Comida Callejera” no Peru, ou melhor, comida de rua.

Em especial, a encontrada pelas ruas de Cusco e nos arredores de seus sítios arqueológicos.

Viagem pela comida de rua

Comecei minha viagem gastronômica pela comida de rua com a chicha morada. Essa bebida me chamou a atenção logo que chegamos ao aeroporto de Lima, onde era vendida em máquinas.

Tem uma cor roxa bem forte. E, para minha surpresa, é feita de milho.

Mas a primeira vez que experimentei a chicha Morada foi lá em Cusco, em um restaurante chamado Café de La Paz (http://www.cafedelapazperu.com).

Tinha um gostinho cítrico de limão, com pedaços de maçã. Lembrava até uma sangria.

Além dos 4000 tipos de batatas, no Peru existem mais de 35 tipos de milho. Eles são amarelos, brancos, marrons, vermelhos e este roxo, muito comum na cordilheira andina.

Mas foi no famoso mercado de Pisac, no Vale Sagrado, que experimentei a chicha morada que mais gostei.

Era um bar num canto escondido da feira, onde, além da chicha morada, também eram servidos bolo de milho (feito na hora, em um enorme forno à lenha) e o tradicional cuy, o porquinho-da-índia, prato típico daquela região (este não tive coragem de experimentar).

Ali, naquele local estranho, no meio da feira, experimentei uma refrescante chicha morada. Desta vez, sem pedaços de maçã.

A bebida é fervida com algumas especiarias, como canela e cravo. No copo, apenas a essência do milho fica na água, a espiga se descarta.

O sabor não lembra em nada o gosto do milho que conhecemos.

Olha a coragem…

Durante as andanças pelo Vale Sagrado, sempre bate aquela fome. Se não tiver uma barrinha na bolsa, o jeito é apelar para as comidas servidas por ali.

O mais comum é o milho. E, apesar de estar no meio de uma excursão, decidi experimentar.

O tamanho da espiga e do milho é duas vezes maior da que encontramos aqui no Brasil. É servido em uma barraquinha, ao lado das vendedoras de artesanato.

Os turistas se aglomeram para comprar o milho cozido, que vem acompanhado de um pedaço de queijo.

Uma coisa é fato: se parar para pensar, não come! Mas, como eu estava faminta, arrisquei. Comida de rua é isso.