Sedã da Geely será vendido em Rio Preto

Comercializado em 40 países, o sedã EC7, da fabricante chinesa Geely (pronuncia-se “dili”) chega em março ao Brasil. De acordo com a marca, o veículo é o mais vendido na China, entre as montadoras independentes. No ano passado, foram 193 mil unidades comercializadas por lá. O lançamento do carro aconteceu no dia 21, em Itu, cidade que abriga a matriz e o centro de distribuição da Geely. No Brasil, 12 cidades irão receber as primeiras 15 concessionárias. Entre elas está São José do Rio Preto, São Paulo, onde a loja será na avenida Bady Bassit, próxima ao restaurante J.Conte. O preço não foi divulgado, mas a montadora afirma que ele irá custar entre R$ 50 e R$ 60 mil.

“O Brasil é o maior mercado ‘overseas’ onde a Geely vai participar. Se der certo aqui, temos condições de entrar no mercado dos EUA e da Europa”, disse Ivan Fonseca, presidente da Geely no Brasil (foto). Fundado em 1986 e com sede administrativa em Shanghai, o Geely Holding Group estabeleceu seu “braço” automotivo, a Geely Auto, em 1997.

A marca é proprietária da Volvo Cars desde 2010, da Manganese Bronze, fabricante dos táxis londrinos e da australiana DSI, uma das maiores fabricantes de transmissões automáticas no mundo. Se preparam para inaugurar em 2016 a 3ª fábrica na China, com investimento de US$ 4 bilhões.

No Brasil, a meta é tímida. De acordo com Alberto Costa, gerente de vendas, eles pretendem iniciar as vendas com cautela. “Nossa meta é comercializar em 2014, 3.500 unidades. Vamos começar com poucos veículos e poucas concessionárias. Estamos muito seletivos, pois não queremos ter falta de peças ou produtos. Queremos atender todos os clientes”, afirma. Até dezembro deste ano a marca espera ter 25 lojas no Brasil.

O sedã EC7 é produzido na fábrica da Geely no Uruguai e chega ao Brasil pelo Grupo Gandini, mesmo da Kia Motors. “Compramos US$ 250 mil em peças. Queremos apagar a imagem de produto e serviços ruins chineses”, explicou Oswaldo Jardim, gerente de pós-venda. Em julho, o EC7 ganha motor flex.

O carro 

O Hi-Mundim esteve no lançamento do EC7 em Itu e pode dirigir o modelo em um trajeto de cerca de 60 quilômetros. O sedã EC7  tem design clássico. Conservador até. Por aqui, ele será vendido em apenas uma versão (existem várias na China) com motor produzido pela Geely de 1.8 l, 130 cv, quatro cilindros, 16 válvulas à gasolina. Ele tem torque máximo de 16,9 kgm a 4.400 rpm, capaz de leva-lo aos 100 km/h em 12 segundos e com velocidade máxima de 185 km/h.

Por enquanto ele só chega com câmbio  manual de cinco velocidades. O automático CVT DSI chega somente em 2015. O EC7 conta freios a discos ventilados, equipado com  sistemas ABS (Anti-lockBraking System) e EBD (ElectronicBrakeDistribution). Vem também com duplo airbag, cintos de três pontos em todos os assentos e sistema de fixação de cadeiras para crianças (Isofix). Estes itens asseguraram, em 2011, quatro estrelas no crash-test da Euro NCAP (o máximo são cinco estrelas).

Segundo levantamentos da fabricante, o EC7 faz de 0-100 km/h em 12 segundos e a velocidade máxima é de 185 km/h. As rodas são de liga de alumínio de 16 polegadas, inclusive o estepe, e os pneus trazem medidas de 215/55. O tanque de combustível é de 50 litros. Dados de consumo não foram divulgados. O porta-malas tem capacidade para 670 litros.

Quando os primeiros veículos chineses chegaram ao Brasil, em sua maioria completos e com preços bem competitivos, os consumidores ficaram com pé atrás e duvidaram de sua qualidade e durabilidade. Hoje, algumas montadores já estabeleceram fábricas no Brasil e ganham cada vez mais espaço. A tendência, como aconteceu no passado com as coreanas, é melhorar.

Com o EC7 já é possível ver que a indústria está melhor, mais preocupada com itens de segurança e conforto. O interior do sedã é espaçoso (na frente e atrás) e seu acabamento agrada, mas não impressiona. No painel, plástico duro. Simples, mas bem acabado. Seus concorrentes, de acordo com a Geely, são Fiat Linea, Chevrolet Cobalt, Jac J5, Renault Fluence, Volkswagen Polo, Honda City, Nissan Versa.

O ar-condicionado tem controle eletrônico. A direção é hidráulica e tem regulagem de altura. O computador de bordo traz funções de autonomia, velocidade média e odômetro parcial. Tem travas elétricas nas quatro portas e ajuste eletrônico de espelhos retrovisores. Faltam controles de ajustes do som no volante.

Na estrada, o EC7 andou bem. O volante é grande. Bom, na estrada, o desempenho do motor 1.8 em ultrapassagens deixou a desejar. A potência de 130 cv só chega ao seu máximo a 6.100 rpm. E o EC7 é um carro pesado. Outro ponto é o torque de 16,9 kgfm), que surge somente dos 4.000 rpm.

A direção hidráulica leve e agradável nas ruas, na rodovia, em alta velocidade, pode causar perda de controle do carro, caso haja necessidade de fazer algum desvio. Nas ruas da cidade, por outro lado, o sedã rodou bem. Seu câmbio tem engates precisos, mas secos. A suspensão é macia.

Pós-venda

Tem garantia de 3 anos ou 100.000 km. Segundo Oswaldo Jardim, gerente de Pós-Vendas, “excetuam-se da cobertura da garantia de 3 anos itens como bateria, quebra ou trinca de vidros, pneus, amortecedores, embreagem, palhetas do limpador de para-brisa, pastilhos e discos de freios”. Para que a garantia seja válida, as revisões periódicas – a 1ª com 3.000 km e as demais a cada 10.000 km –, especificadas no manual do proprietário, deverão ser executadas dentro do respectivos prazos e em uma concessionária Geely. E por falar em concessionárias, todas terão atendimentos completos: com venda e pós-venda (oficinas).

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Geely GC2 chega em abril

O próximo veículo da Geely, o compacto GC2, com motor flex, versão única e preço de até R$ 30 mil, já tem data para chegar ao Brasil: abril. 

 

 

 

 

 

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