Carro mais vendido da Renault no Brasil, o Sandero ganhou no final de 2015 sua versão esportiva: o Sandero R.S. 2.0. A convite da montadora francesa Hi-Mundim testou o modelo por uma semana nas ruas e estradas da região de São José do Rio Preto, no Noroeste Paulista.
DNA mutante
O modelo mantém a estrutura de DNA do Sandero Dynamique, mas com importantes mutações estéticas e mecânicas. Foi desenhado e desenvolvido pelo Technocenter da divisão esportiva da montadora, a Renault Sport (R.S.), na França, em conjunto com as equipes de design e engenharia da América Latina.
Com motor 2.0 aspirado, o hot hacth de fabricação nacional entrega 150 cavalos de potência quando abastecido com etanol. O propulsor associado ao câmbio manual de 6 velocidades e relações curtas, faz com que a versão faça de 0 a 100km/h em 8 segundos e atinja a velocidade máxima de 202km/h.
O Sandero R.S. 2.0 traz novas regulagens de suspensão, com distância do solo 26mm menor que o Sandero Dynamique, proporcionando sensações esportivas ao mesmo tempo em que se mantém confortável e seguro para uso no dia a dia.
Tem assistente de arrancada em subida (HSA), sistema de freios a disco nas quatro rodas, controle eletrônico de estabilidade (ESP) com regulagem específica R.S., sistema de direção eletro-hidráulica (EPHS) e três modos de condução (Standard, Sport e Sport+ com o ESP desligado) que podem ser selecionados pelo botão R.S. Drive.
Um carro, três sensações
O modo de condução Standard não precisa ser ativado. O ESP fica ligado e o indicador de trocas de marchas está programado visando o baixo consumo.
Já no modo Sport, o pedal tem respostas mais rápidas, o ronco do motor fica mais esportivo, a desaceleração é mais lenta, a marcha-lenta é aumentada para 950 rpm e o alerta sonoro da troca de marcha é acionado, permitindo uma condução esportiva.
O modo Sport+ mantém todos os recursos listados no parágrafo acima, com exceção do ESP/ASR, que ao ser desligado, permite uma condução capaz de aproveitar plenamente todo o potencial do carro. Para acionar o Sport+ é só fazer uma longa pressão no botão R.S..
Do lado de fora
O Sandero R.S. 2.0 tem faróis com molduras negras. Com luzes diurnas (DRL) em LED, únicos na gama Sandero, os faróis dão um toque de modernidade e tecnologia à dianteira. A grade também é exclusiva e além de contribuir para a estética esportiva da versão, melhora a alimentação de ar do motor.
As saias laterais dão sustentação ao perfil do carro. O aerofólio traseiro melhora a estabilidade e a aerodinâmica, permitindo mais 25 kg de down force em alta velocidade.
O difusor de ar tipo F1 com saídas duplas de escapamento do lado esquerdo reforçam a cara de carro de alta performance.
As faixas na parte inferior lateral dão outra pitada de esportividade ao Sandero R.S. 2.0.
As rodas tem acabamento Black Aluminium (195/55 R16, ou opcional 205/45 R17). A de 16 polegadas é a Pit Lane, já a de 17 é a Grand Prix.
Os retrovisores são pintados na mesma cor preta das rodas.
Dois canos fumegantes
O sistema de escape tem cano de diâmetro 0,5 mm mais largo, um novo silencioso traseiro, além de saída dupla do escapamento, proporcionando um som envolvente e contribuindo para a performance.
Quando o propulsor de 2 litros é acionado, o som rouco e provocador que sai do escapamento garante sensações esportivas ao volante, impressão que é realçada quando o carro entra em ação.
Do lado de dentro
O interior é inspirado em um cockpit. Tem pedaleiras de alumínio, específicas do Sandero R.S. 2.0, que acompanham um descanso para os pés.
O velocímetro tem o fundo serigrafado nas cores vermelha, cinza e preta com agulhas diferenciadas também na cor vermelha. As cores e grafismos do painel de instrumentos são específicos da versão.
As saídas de ar tem detalhes na cor vermelha. Os puxadores das portas são na cor Dark Metal.
O revestimento dos bancos esportivos é com tecido em dois tons de cinza, com pespontos na cor vermelha, além de um adorno constituído por uma faixa vertical.
Com diâmetro 10 mm menor que o Sandero original, o volante de três raios é revestido por couro preto pespontado em vermelho e tem pegada esportiva.
O Renault Sandero R.S. 2.0 é um carro completo e vem de série, entre outros itens, com sistema de ar-condicionado automático e Media NAV Evolution, central multimídia integrada ao painel com tela de 7 polegadas touchscreen, que oferece GPS, Bluetooth e rádio, entre outros serviços.
Acesso a redes sociais, guias e serviços
O sistema acessa Facebook e Twitter por meio do aplicativo Aha, via smartphone, e oferece várias informações que facilitam o dia a dia, como opções de hotéis que constam na base de dados TripAdvisor, opções de restaurantes na base de dados Yelp, informações climáticas da Custom Weather e acesso a web rádios de todo o mundo.
A central multimídia também facilita a vida dos motoristas com informações do trânsito em tempo real no GPS, recurso possível por meio da tecnologia TMC (Traffic Message Channel).
Para os usuários de iPhone também é possível utilizar as facilidades do aplicativo SIRI, que capta o comando de voz do motorista e permite a busca de músicas e pessoas da lista de contatos, tudo isso sem tirar as mãos do volante.
Linhagem R.S.
O Sandero R.S. 2.0 faz parte da linhagem do Clio R.S. e do Mégane R.S.. São modelos esportivos compactos, versáteis e de alta performance.
Tem preço sugerido de R$ 58.880. Com as rodas de 17 polegadas, o único opcional da versão, o modelo custa R$ 59.880.
A gama de cores inclui: Branco Niege, Prata Etoile, Preto Nacre e Vermelho Vivo.
Divisão esportiva
A R.S. é a divisão da marca francesa voltada ao automobilismo e veículos esportivos. Foi fundada em 1976 com a fusão dos departamentos de competição da Alpine e da Gordini.
Hoje é responsável por fabricar, projetar, desenvolver e comercializar uma gama completa de carros esportivos e de corrida.
São três níveis de esportividade: GT Line, com mudanças estéticas; GT, além da estética, tem preparação na mecânica; e a linha R.S., que representa o máximo da esportividade.
A R.S. também é responsável por competições como a World Series by Renault e os campeonatos de monopostos da Fórmula Renault, cujas categorias servem de trampolim aos pilotos que almejam correr na Fórmula 1.