Em junho deste ano, durante o Salão do Automóvel de Buenos Aires (Hi-Mundim esteve por lá – leia aqui), a Renault anunciou os preços e as condições de pré-venda do Kwid. E esta semana, tivemos a oportunidade de conhecê-lo mais de perto e de dirigir o modelo.
A procura foi tanta que a marca precisou aumentar o lote de pré-venda. “Tivemos quatro vezes mais procura que o esperado. Os primeiros carros serão entregues agora em agosto e quem compra agora, após o lançamento, recebe entre outubro e novembro”, disse Luiz Pedrucci, presidente da Renault no Brasil, que assumiu o novo posto há um mês.

Presidente da Renault do Brasil durante o lançamento oficial, no Allianz Parque; o Hulk está no comercial do carro (Foto: Divulgação)
Durante o lançamento em São Paulo, para a mídia especializada, Pedrucci revelou que 85% das pessoas que fizeram a reserva do Renault Kwid eram clientes de outras marcas.
O Kwid chega em três versões: Life (de entrada), Zen (intermediária) e Intense (topo de linha). Na pré-venda, as versões mais reservadas foram a intermediária Zen (50%), Intense (40%) e a Life (10%).
A proposta da fabricante é oferecer, com o Renault Kwid as vantagens de um modelo SUV, com preços de compacto, já que o carro permanece com o valor da pré-venda, de R$29.990.
Mas o Kwid é um SUV?
Essa é a pergunta que todo mundo faz. Como a Renault chama o Kwid de SUV dos compactos, o pessoal fica em dúvida sobre tal afirmação.
O que podemos te dizer é que o Kwid atende às especificações de um SUV. São elas: maior altura do solo (180 mm) e os ângulos de entrada (24°) e de saída (40°).
De acordo ainda com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), os veículos que podem ser classificados como SUV devem atender pelo menos quatro dos cinco itens:
1 – ângulo de entrada mínimo de 25º com tolerância de -1º;
2 – ângulo de saída mínimo de 20º com tolerância de -1º;
3 – ângulo de transposição de rampa mínimo de 14º com tolerância de -1º;
4 – altura livre do solo entre os eixos mínima de 200 mm com tolerância de -20 mm;
5 – altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro mínima de 180 mm com tolerância de -20 mm.
Porque o Kwid é tão interessante
Durante o teste drive pelas ruas de São Paulo, um amigo jornalista (com bastante experiência no setor automotivo) me disse: “Olha, quando um carro chama a atenção das pessoas nas ruas, ele será um sucesso”. Percebemos isso com o Kwid.
Por onde passávamos, motoristas, motociclistas e pedestres viravam a cabeça para olhar.
Além do preço muito atrativo na versão de entrada, Life (vamos falar mais sobre ela abaixo), R$29.990, o Kwid oferecer bom espaço interno e o maior porta-malas da categoria. São 290 litros.
“A Renault traz mais uma vez aquilo que os exigentes clientes desejam, levando ao segmento de entrada um veículo com diversas características do universo SUV – o que mais cresce no país –, além de itens de segurança e espaço interno não encontrados nos veículos compactos”, afirma Pedrucci.
O novo veículo da Renault também impressiona no consumo de combustível entre os veículos compactos de entrada, registrando 15,2 km/l com gasolina e 10,5 km/l quando abastecido com etanol, em trajeto misto (urbano-rodoviário).
O veículo é também traz de série, em todas as versões, quatro airbags (dois frontais e dois laterais).
Também oferece duas fixações Isofix para cadeirinhas infantis, alertas visual e sonoro, além do pré-tensionador dos cintos de segurança dianteiros.
E tem mais…
O lançamento mais importante da Renault este ano no Brasil tem 3.680 m de comprimento e rodas de 14” de série.
A posição de dirigir é mais elevada. Com 2.423 mm de entre-eixos, o espaço para quem viaja atrás é bastante confortável. O compartimento de bagagem acomoda 290 litros. Com banco rebatível chega até 1.100 litros.
Como opcional da versão Intense (topo de linha), no chamado Pack Connect, existe o Media Nav 2.0, uma central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas integrada ao painel que oferece GPS, ligações, Bluetooth® e câmera de ré.
Motorização
O Kwid traz o motor 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) com três cilindros, 12 válvulas, duplo comando de válvulas (DOHC) e bloco em alumínio.
O modelo também estreia a transmissão manual de cinco marchas SG1. A corrente de distribuição no lugar da correia proporciona um baixo custo de manutenção, menos de um R$ 1,00 por dia.
Com apenas 758 kg, o Kwid oferece a melhor relação peso/potência, para uma dirigibilidade ágil, com ótimas respostas. Com etanol no tanque, rende 70 cv de potência a 5.500 rpm e torque de 9,8 kgfm a 4.250 rpm. Com gasolina, são 66 cv a 5.500 rpm e 9,4 kgfm a 4.250 rpm.
O Kwid é o carro com o menor consumo de combustível do segmento no uso misto.
Na cidade, faz 14,9 km/l com gasolina e 10,3 km/l com etanol. Na estrada, 15,6 km/l com gasolina e 10,8 km/l com etanol. E no uso misto, os números são 15,2 km/l com gasolina e 10,5 km/l com etanol.
Além do indicador de troca de marchas (GSI) no quadro de instrumentos, de série em todas em as versões, o Kwid traz um indicador de estilo de condução, também no quadro de instrumentos abaixo do velocímetro. Por meio de uma barra com três cores (verde, amarelo e laranja) mostra se o motorista está tendo uma maior eficiência ou não.
Na versão Intense com o Pack Connect, existe ainda os programas Eco Scoring e Eco Coaching na central multimídia Media NAV. O sistema avalia por meio de pontuação, dando sugestões para uma forma de condução mais econômica.
A direção elétrica, além de facilitar as manobras, ajuda a reduzir o consumo e as emissões, já que exige menos o motor do que os sistemas hidráulicos. É item de série nas versões Zen e Intense.
Na versão de entrada, a Life, a direção é mecânica (elétrica é opcional).
Conhecemos melhor o Renault Kwid
O Hi-Mundim teve contato com o Kwid no Salão do Automóvel de São Paulo e de Buenos Aires. A marca já havia revelado em junho os preços para pré-venda e informações sobre as versão.
Só faltava mesmo dirigir.
O lançamento oficial do Kwid aconteceu nesta quarta-feira, dia 2 de agosto, no Allianz Parque, em São Paulo, para jornalistas, concessionários e celebridades.
Com shows de Gilberto Gil e Anitta, a casa do Palmeiras, campeão brasileiro de 2016, foi palco para a apresentação do novo carro da Renault. Teve até queima de fogos.
Fabricado em São José dos Pinhais, em Curitiba, o Renault Kwid rodou mais de um milhão de quilômetros antes de ganhar as ruas.
Dirigimos a versão Intense, topo de linha (custa R$39.990). O visual do Kwid é moderno e sem exageros. Com linhas robustas, a grade frontal lembra a de uma picape.
O compacto tem diversos porta-objetos (são 14 litros de armazenamento total) e o porta-luvas é bem grande (5 litros). Maior que o dos rivais Volkswagen UP! e Fiat Mobi.
Nesta versão Intense, os bancos são em tecido na parte central e couro sintético nas laterais. Esse detalhe deixa o interior mais bonito. Nos bancos dianteiros, os apoios de cabeça são fixos. Atrás, os três são ajustáveis.
Para quem curte viajar, o Kwid é uma boa opção, pois oferece um porta-malas com bastante espaço. São 290 litros. O maior entre os compactos.
O cinto de segurança central traseiro é de dois pontos e os dianteiros têm regulagem de altura.
O acabamento interno é bom, de plástico rígido. Não há luxo, mas também não há rebarbas. Simples, mas confortável e agradável.
Os retrovisores têm ajustes elétricos nessa versão Intense.
Renault Kwid – impressões ao dirigir
Com posição de dirigir um pouco mais elevada que os outros compactos, o Renault Kwid chega como o SUV dos compactos.
E por falar em posição de dirigir, volante e assento do motorista não possuem ajustes de altura.
Durante o trajeto urbano, percebemos pouco ruído interno. O motor 1.0 SCe, três cilindros se sai bem no trânsito. Nas ladeiras, no entanto, pede mais giro para conseguir subir.
O câmbio de cinco marchas tem bom escalonamento e engates precisos.
Ponto positivo para a direção elétrica, que é leve em velocidades mais baixas. Destaque também para a suspensão. Com um ajuste firme, ele oferece boa estabilidade.
Esta versão Intense, a topo de linha, conta com o revestimento branco marfim nas portas, no volante, na chave e nos bancos.
Tem somente um limpador de para-brisa. Não tem a função um toque para abrir os vidros elétricos, nem para-sol com espelho para o motorista. Porta-malas e porta-luvas não têm iluminação.
Na cidade, o Kwid mostrou-se ágil. A direção elétrica facilita bastante na hora de fazer manobras e de estacionar. O câmbio de cinco velocidades tem curso curto.
O volante tem boa pegada. Com uma suspensão rígida, o Kwid fica estável, mas os passageiros sentem mais as irregularidades do asfalto.
Com a proposta de ser um SUV compacto, o Kwid não decepciona na cidade e ainda oferece um porta-malas bom para quem curte viagens de carro (como nós, rs).
Vale a pena conhecer o modelo e fazer um teste drive.
Garantia a revisões
O Kwid oferece os mesmos três anos de toda a linha Renault. O modelo tem um plano de manutenção com menos de R$ 1 por dia durante três anos para a versão Life.
Revisões
Kwid Life
10 mil – R$ 349
20 mil – R$ 349
30 mil – R$ 349
40 mil – R$ 470
50 mil – R$ 349
60 mil – R$ 349
Kwid Zen/Intense
10, 20 e 30 mil – R$ 388
40 mil – R$ 509
50 e 60 mil – R$ 388
Opções de cores: Orange Ocre, Branco Marfim, Vermelho Fogo, Branco Neige, Prata Étoile e Preto Nacré.
Preços
Versão Life – R$ 29.990
Principais itens de série: rodas 14”, dois airbags laterais, dois airbags frontais, dois Isofix, predisposição para rádio e indicadores de troca de marcha e de condução. NÃO vem com ar-condicionado, trio elétrico, apoio de cabeça traseiro central e computador de bordo. O preço é válido para o Kwid branco. Para outras cores, é preciso acrescentar R$ 1.400.
Versão Zen + rádio – R$ 35.390
Principais itens de série: direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, rádio com Bluetooth e entradas USB e AUX.
Versão Intense + Pack Connect – R$ 39.990
Principais itens de série: retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, Media NAV 2.0 com câmera de ré, abertura elétrica do porta-malas, rodas Flexwheel e chave dobrável. Além de diferentes detalhes de acabamento externo e interno.