Duas equipes de universidades brasileiras ficaram entre as 30 melhores classificadas na Fórmula SAE 2014, competição que reúne universitários do mundo todo, organizada pela entidade norte-americana Society of Automotive Engineers (SAE), e realizada entre 14 e 15 de maio, em Michigan (EUA).
O RS8 (Foto), carro construído por alunos do Centro Universitário da FEI, de São Paulo, obteve o 10° lugar na classificação geral. Já o veículo do Instituto Mauá de Tecnologia, também da capital paulista, terminou em 28°. O vencedor foi o protótipo da Oregon State University (EUA).
Participaram da competição protótipos de 120 equipes. Cada participante saiu de seletivas realizadas em diversas regiões dos EUA, além de Brasil, Inglaterra, Alemanha, Austrália, Áustria, Espanha, Hungria, Itália e Japão.
A Fórmula SAE foi em criada em 1978, no Texas (EUA) para estimular o surgimento de engenheiros especializados em veículos de alta performance. A carência de profissionais da área alavancou a competição, que conta com a participação de equipes brasileiras desde 2004.
É uma oportunidade para estudantes de nível superior ganhar experiência no gerenciamento do projeto e construção, e aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de engenharia.
Os protótipos foram avaliados nos quesitos: projeto, relatórios de engenharia e inspeção técnica, provas dinâmicas (aceleração, frenagem, dirigibilidade e desempenho na pista), com regras estabelecidas pela Society of Automotive Engineers.
O protótipo RS-8 do Centro Universitário da FEI conquistou o prêmio Continental, concedido ao melhor projeto de freio. Na categoria eficiência energética, o carro obteve o terceiro melhor desempenho.
Protótipo RS8
Ficha Técnica
- monoposto do tipo fórmula
- chassi tubular em aço 1020
- placas de fibra de carbono e colméia nomex coladas com adesivo estrutural
- carroceria em fibra de carbono e vidro
- velocidade máxima de 130 km/h
- aceleração lateral de 2,5 g’s
- peças fabricadas a partir de alumínio aeronáutico, a fim de garantir resistência mecânica e baixa massa
- no sistema de freio, pinças desenvolvidas pela própria equipe, gerando uma desaceleração máxima de 2,0 g’s
- motor YAMAHA WR 450cc monocilíndrico
- sistema de injeção eletrônica Fueltech
