Rio Preto: MIS muda de endereço e agora tem café bistrô

Visitação ao MIS Fernando Marques
Visitação ao MIS Fernando Marques

O Museu da Imagem e do Som (MIS) Fernando Marques, em São José do Rio Preto, SP, criado há mais de dez anos por Fernando Marques, jornalista e documentarista, está em um novo espaço físico. O MIS agora funciona na rua Albuquerque Pessoa, 189, na Vila São Joaquim, próximo ao bairro boêmio da Vila Aurora e Bom Jesus.

“O MIS tem uma grande importância porque é um dos primeiros da região Noroeste do Estado de São Paulo. Com o portal do MIS, muitos terão a oportunidade de conhecer um vasto acervo de documentários, cine jornais e filmes produzidos em toda região, além de um grande acervo fotográfico digital”, revela Fernando Marques.

MIS Fernando Marques
MIS Fernando Marques

Com mais de 1.500 peças, o MIS reúne rádios de madeira, baquelite, rádios vitrolas, gramofones, grafonolas, projetores de filmes 35 e 16mm, 8, Super 8 e 9,5mm, além de uma centena de câmeras filmadoras e duas centenas de câmeras fotográficas, desde as primeiras, ainda do século 19. No acervo ainda tem microfones históricos, gravadores de rolo e fita cassete. Todas as peças funcionam perfeitamente e todo o acervo é de Fernando Marques, um amante das artes, em especial, do cinema.

Em uma área mais arejada e ampla, o Museu agora promove exibições e projeções ao ar livre, e um cinema de bolso. Além disso, conta com um Café Bistrô Mi & Fe, servindo às visitações e um serviço de bar durante as palestras.

O MIS estará aberto devido à Pandemia somente aos sábados e domingos, das 9 às 13 horas. Às sextas acontecem exibições e palestras.

Na próxima sexta-feira, dia 20 de agosto, às 20 horas, acontece a palestra”Moda Caipira e Identidade Cultural”, com o professor e escritor Romildo Sant’Anna e projeções Cinematográficas. Será para um grupo limitado de 25 pessoas, devido à pandemia. Para reservar um lugar é preciso entrar em contato pelo Whatsapp (17) 98130-1613, com Paula. O ingresso custa R$20.

“Esse conjunto de atividades vai agora de fato viabilizar a transformação do MIS em um espaço público que dará oportunidade para todos terem acesso ao acervo permanente do museu, tanto virtual, quanto digital, com objetivo de torná-lo referência para o audiovisual de Rio Preto e região”, afirma Marques.

Acervo do MIS Fernando Marques

O maior tesouro do Museu da Imagem e do Som é o acervo de películas, já que o órgão recebeu três doações, sendo a da família Curti, proprietária de mais de 40 cinemas em toda região e do documentarista Aparecido Santana, que filmou desde 1968, mais de cinquenta cidades da região.

Ainda no acervo do MIS, uma coleção de películas de filmes brasileiros históricos, como dos diretores Glauber Rocha, Joaquim Pereira de Andrade, Alberto Cavalcanti e Amazio Mazzaropi.

“O projeto tem grande relevância, tendo em vista que os materiais audiovisuais exibidos são inéditos para o espectador contemporâneo, todas as mídias jornalísticas atuais e estudantes do curso de jornalismo com habilitação em audiovisual. Ainda existem muitas películas guardadas por famílias e ex-profissionais do ramo cinematográfico. É de extrema importância para todos conhecerem as diferenças de películas, seu manuseio e armazenamento. Muitas destas películas acabam nas latas de lixo por desconhecimento do material histórico”, diz Fernando Marques.

Segundo ele, em sua maior parte, são filmes em película doados pela população local, por cineastas, documentaristas, empresas cinematográficas e emissoras de TV, restaurados pelo próprio Fernando, nunca antes exibidos pelo espaço em sessões abertas ao público.

“O projeto se justifica ainda por impulsionar as ações no sentido da adesão ao Cadastro Estadual de Museus (CEM) e também junto ao Instituto Brasileiro de Museus e à International Federation of Film Archives (Fiafi).”

Serviço

Museu da Imagem e do Som Fernando Marques

Funcionamento: Aos sábados e domingos, das 9 às 13 horas
Preço: As visitações são gratuitas – exceto as palestras às sextas, quando é cobrado o valor da entrada
Saiba mais: MIS