Nada de facelift. A JAC Motors promoveu uma mudança real em sua minivan J6. Novos exterior e interior. Na dianteira, a versão 2014 ganhou novos faróis, para-choque e grade, lanternas bipartidas horizontais. Na traseira, novo para-choque. E no interior, mudanças no painel de instrumentos e nos revestimentos. O J6 é oferecido em duas versões, uma com cinco lugares, que custa R$ 57.990 e outra com sete, por R$ 59.990.
Lançado há cerca de dois anos no Brasil, o novo J6 segue o padrão da marca e chega com muitos equipamentos de série. Tanto a versão de 5 lugares quanto a Diamond (de 7 lugares) vêm com ar-condicionado, freios ABS com EBD, airbag duplo, pneus 205/55 aro 16”, faróis de neblina dianteiros e traseiros e sensor de estacionamento traseiro.
O motor é o mesmo, um 2.0 16V com duplo comando de válvula do cabeçote, desenvolvido pela própria JAC Motors. A unidade gera 136 cv de potência a 5.500 rpm e proporciona torque máximo de 187 Nm (19,1 kgfm) a 4.000 rpm.
Sobre o interior, se você conhece a antiga versão, esqueça. Esta está com acabamento melhor, mais sofisticada. O interior, aliás, tem acabamento no estilo “black piano” (material que imita as teclas do instrumento). As maçanetas são metalizadas. O painel ficou mais moderno. No entanto, a iluminação branca e os números pequenos dificultam a visualização. Principalmente durante o dia. Há o ajuste de intensidade, mas não ajudou na visibilidade.
Outro ponto positivo é seu espaço interno. O J6 tem comprimento de 4,55 metros e largura de 1,78 metro. Durante teste drive feito em um trecho entre São Paulo e Guarujá, total de 180 quilômetros, o Hi-Mundim dirigiu e também viajou no banco do passageiro na versão de sete lugares. E a conclusão é que a minivan oferece muito espaço e conforto. Carro para família.
A marca chinesa espera vender 3 mil unidades por ano do J6 e conta com o bom pacote de equipamentos e com o espaço interno para alcançar a meta e alcançar seus concorrentes, Chevrolet Spin 1.8 LTZ, Nissan Livina e Grand Livina 1.8.
O J6 poderia oferecer opção de câmbio automático, mas por enquanto a marca disponibilizou apenas o mecânico de cinco marchas. No entanto, Sérgio Habib, presidente da marca no Brasil, avalia a viabilidade em oferecer o automático, já que isso aumentaria os gastos na produção. “A renovação do J6 nos custou US$ 40 milhões. Trocar componentes como faróis e a tampa traseira custa muito caro para uma montadora”, afirmou.
Na descida da serra
No teste drive, o primeiro trecho foi urbano. Trânsito travado em São Paulo. Nessas horas percebemos como seria bom um câmbio automático. Já na rodovia, o J6 roda bem. Os controles de som ao volante facilitam a vida do motorista. Em alguns pontos, como em subidas ou retomadas, o motor perde fôlego. O isolamento acústico não é dos melhores e ao acelerar mais forte ouvimos o “grito” do motor. O câmbio tem engates um pouco mais duros, mas precisos. A suspensão é mais rígida, no entanto, isso não compromete o conforto dos passageiros.
O ar-condicionado é digital. Tem rádio com CD e entrada USB. Os bancos da frente possuem regulagem de altura e os traseiros são dotados de regulagens individuais, na versão Diamond, ou seja, cada um dos três integrantes pode ajustar a inclinação do encosto e a distância longitudinal do assento. Nesta versão de 7 lugares, o acesso para a terceira fileira é feita pelas portas laterais traseiras e os ocupantes também podem reclinar o encosto.
O porta-malas tem 720 litros na versão com 5 lugares. No J6 Diamond, em função da fileira extra de assentos, o espaço é de 198 litros. Entretanto, como todos os bancos da parte traseira podem ser removidos, o J6 passa a ter uma capacidade de 2.200 litros.
*O Hi-Mundim viajou a convite da JAC Motors