Nesta quinta-feira, dia 20 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional do Fusca. E um levantamento feito pelo Detran.SP mostra que 650 mil Fuscas seguem circulando pelas vias do Estado de São Paulo.
Foi no dia 20 de janeiro que se iniciou a fabricação do carro no Brasil, em 1959. Hoje trafegam pelas vias de SP modelos desde a versão 1.200 cilindradas ao moderno New Beetle.
São Paulo, Campinas, Guarulhos, Santo André e São Bernardo do Campo ocupam os cinco primeiros lugares com a maior frota deste veículo. Atualmente, mais de 209 mil exemplares circulam nestas cidades, sendo que dez mil deles são itens de colecionadores, que circulam com placas pretas.
O Fusca foi lançado em 1935 pelo alemão Ferdinand Porshe com o nome de Typ I para ser um veículo popular e econômico. Ao logo dos anos passou pela modernização em sua mecânica, estética e passou a ser utilizado com várias finalidades, como uso pelo correio e até veículo militar durante a guerra, em 1939. Ganhou apelidos pelo mundo, onde foram produzidos mais de 21 milhões de exemplares, como Beetle, Bug, Käfer, Type 1, Carocha, Coccinelle, Escarabajo e Maggiolino.
No Brasil, começou a ser produzido em 1959 com peças 100% nacionais, chamado carinhosamente de fusquinha e fuscão, que tinha motor 1500 cilindradas e cores fortes como laranja e verde abacate. Ao ser substituído no mercado automobilístico por outros modelos populares, sua produção foi paralisada em 1986, mas retomada, em grande estilo, pelo ex-presidente Itamar Franco, em 1993, em São Bernardo do Campo (SP). Em 1996 saiu de linha definitivamente.
Mas os apaixonados pelo carrinho continuam firmes, inclusive no Fusca Clube do Brasil, em São Paulo. O engenheiro Ervin Moretti, de 67 anos, diretor do clube, tem uma história antiga com o carro, que foi onde aprendeu a dirigir aos 18 anos quando tirou a CNH. ” “Tenho uma ligação sentimental com o fusca porque foi o primeiro carro que dirigi. Quando minha vizinha quis vender seu Sedan 1974, verde, fiquei apaixonado. Comprei, mandei reformar e o apelidei carinhosamente de Horácio, que era meu personagem preferido dos quadrinhos”, conta.
O fusca verde ganhou ainda um item especial, um autógrafo no porta-luvas do Maurício de Souza, quando o engenheiro visitou o estúdio do cartunista. Fora a pintura, ‘Horácio’ não precisou de mais nenhuma reforma, só manutenção e já rodou várias cidades, como Tiradentes e Araxá, em Minas Gerais, mas com todo cuidado. “ Saio apenas para exposições e encontros ao lado de minha esposa Flávia porque é um carro muito visado para roubos. E coloquei uma placa de alerta “ Isto não é um carro, é um FUSCA”, brinca Ervin, que tem como copiloto a esposa Flávia, também colecionadora, desta vez de uma Kombi vermelha apelidada de Mônica.
O Volkswagen Sedan foi lançado em 1938, mas começou a ser vendido em terras brasileiras somente em 1953. O Fusca foi o carro que deu início às operações da Volkswagen aqui no País, quando vinha da Alemanha, juntamente com a Kombi, para ser montado em um galpão, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
Foi somente a partir de 1959 que ele começou a ser fabricado por aqui, já na unidade Anchieta, com 54% de nacionalização de peças. Nesse primeiro ano de produção nacional, mais de oito mil unidades do Fusca foram emplacadas. Um volume muito acima das duas mil unidades vendidas entre 1953 e 1957. A partir de 1962, foi líder de mercado por 24 anos e só perdeu para o Gol. O modelo foi produzido na fábrica da Anchieta até 1986, quando saiu de linha pela primeira vez.
O primeiro Fusca “made in Brazil” foi vendido em 7 de janeiro de 1959, O empresário paulistano Eduardo Andrea Matarazzo, filho do conde Francisco Matarazzo Júnior – e um grande admirador de automóveis e aviões. Ele pagou Cr$ 471.200 pelo modelo, que tinha motor traseiro boxer (cilindros contrapostos) de 1.192 cm3, potência de 36 cv, câmbio de quatro marchas e velocidade máxima de 110 km/h.
Com tantos números que comprovam seu sucesso e carisma, nos anos de 1980, a Volkswagen decidiu instituir o Dia Nacional do Fusca. Fez isso em homenagem aos fãs do automóvel, que costumavam se reunir para admirar versões do carro e contar histórias. Em 1996, a Prefeitura Municipal de São Paulo oficializou a data em seu calendário.
Com mais de 3,1 milhões de unidades vendidas no Brasil, o Fusca permaneceu na liderança de vendas do mercado por 24 anos consecutivos (1959 até 1982).
Fora de linha desde 1996 – o retorno da fabricação aconteceu em 1993, sete anos após sua paralisação, a pedido do então presidente da República, Itamar Franco, em uma versão movida exclusivamente a etanol – o Fusca ainda é objeto de desejo de muitos que se interessam por história automotiva e apaixonados por veículos.
A história oficial do Fusca começou em 1935, na Alemanha, quando foi criado pelo projetista Ferdinand Porsche. Chamado de “automóvel do povo”, a história do Fusca está diretamente ligada à recessão que castigava a Alemanha na década de 1930 e à ascenção ao nazismo. De acordo com o livro “A Verdadeira História do Fusca”, do pesquisador de jornalista holandês Paul Schilperoord, Adolf Hitler, um apaixonado por automóveis, via na ideia de criar um carro popular uma oportunidade de criar o seu projeto político. O livro traz ainda documentos e esboços que comprovam que o Fusca teria sido desenvolvido pelo engenheiro judeu Josef Ganz.
Apesar de sua história complexa e controversa, o Fusca foi um automóvel revolucionário. O veículo foi um fator-chave no desenvolvimento da democracia e da mobilidade na Alemanha do pós-guerra e, subsequentemente, foi acolhido em muitos outros países, atuando como um importante embaixador na promoção de uma imagem positiva para a Alemanha.
Os primeiros Volkswagen Sedan, fabricados na Alemanha, que chegaram ao Brasil em 1950, eram pequenos, com motor traseiro refrigerado a ar e um design totalmente diferente do tradicional à época, quando as ruas eram dominadas por grandes sedãs. O carro chamava a atenção por onde passava. Sua capacidade de transportar até cinco pessoas, baixo consumo de combustível e resistência mecânica logo começaram a conquistar consumidores.
O aumento no volume de produção em 1959 manteve o preço do Fusca em Cr$ 496.000 durante quase todo aquele ano. Para a época, era um valor bastante competitivo, especialmente em relação aos grandes sedãs importados da concorrência.
Fonte: Volkswagen do Brasil e Detran.SP
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