A Cia. Apocalíptica, de São José do Rio Preto (SP), acaba de divulgar a programação oficial do 4º FrESTA – Jornada Literária Apocalíptica 2025, que será realizada de 23 a 27 de abril, em celebração ao Dia Mundial do Livro. O evento acontece em diversos espaços culturais da cidade, além de ações online, reunindo literatura e múltiplas linguagens artísticas em uma programação totalmente gratuita e aberta ao público.
Abertura do FrESTA 2025 no Teatro Municipal com show gratuito
A abertura do FrESTA 2025 será na quarta-feira, 23 de abril, às 19h30, no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, com a presença de autoridades locais e apresentação do grupo Kombinados, conhecido por seus shows interativos e lúdicos para toda a família. A banda mistura teatro, música e personagens coloridos, em espetáculos que encantam crianças e adultos.
Programação cultural com oficinas, shows, peças e contações de histórias
Durante os cinco dias de festival literário em Rio Preto, o público poderá participar de atividades formativas em áreas como teatro, quadrinhos, contação de histórias, dança, artesanato, audiovisual, palhaçaria, artes visuais e cultura popular. A agenda inclui lançamentos de livros, apresentações artísticas, oficinas e seminários, valorizando a produção cultural local e de outras cidades do estado de São Paulo.
Cidades como Ribeirão Preto, São Paulo, Praia Grande, Mauá, Campinas, Mongaguá, Bauru e Sorocaba estarão representadas na programação, ao lado de artistas de São José do Rio Preto.
Destaque: seminário sobre arte, tecnologia e acessibilidade na infância
Um dos destaques da programação formativa é o seminário “Arte para as infâncias no Séc. XXI: Tecnologias e analogias”, com palestras gratuitas na UNESP no dia 23/04, às 8h30 e 14h. A Fundação Dorina Nowill para Cegos participa pela segunda vez, promovendo discussões sobre acessibilidade cultural, um dos pilares desta edição do FrESTA.
Programação inclui Mandingueiras da Pracinha, Cia Koi e Marisa Riso
Entre as atrações confirmadas estão:
- Contações de histórias com o grupo Mandingueiras da Pracinha;
- A peça teatral “Memórias de Machadinho”;
- A oficina “Contando Histórias no Kamishibai”, com a Cia Koi;
- A oficina “Contação de Histórias e Palhaçaria”, com Marisa Riso.
FrESTA 2025 é um espaço de intercâmbio e transformação social
Segundo Lawrence Garcia, coordenador geral e curador do FrESTA, a proposta do festival é ir além do livro físico, promovendo um diálogo entre literatura e cerca de 15 segmentos artísticos diferentes. Já a atriz e contadora de histórias Kiara Terra, diretora artística do evento, destaca a importância do festival como espaço de intercâmbio cultural e transformação social.
FrESTA resgata legado da Bienal do Livro de Rio Preto
Realizado com apoio do Edital LPG nº 21/2023 – Festivais Culturais, da Lei Paulo Gustavo, o FrESTA também busca manter vivo o legado da Bienal do Livro de São José do Rio Preto, não realizada desde 2012.
Sobre o FrESTA – Jornada Literária Apocalíptica
A 1ª edição do FrESTA foi realizada em maio de 2021 por meio da Lei Aldir Blanc Municipal, com 4.500 participantes e 65 horas de programação artística online. A 2ª edição, em março de 2022, foi dedicada a artistas do interior paulista. Já a 3ª edição ocorreu em formato híbrido, em outubro de 2023, celebrando o Dia Nacional do Livro (29/10).
Sobre a Cia. Apocalíptica
Fundada em 2013 em São José do Rio Preto, a Cia. Apocalíptica é um coletivo de repertório com 16 integrantes que atua com teatro, festivais culturais e formação artística. Com 11 anos de trajetória, já impactou mais de 90 mil espectadores, presencialmente e online, com propostas artísticas voltadas à educação, inclusão e transformação social.
FrESTA – Jornada Literária
Programação completa dia-a-dia
De 23 a 27 de abril
QUARTA-FEIRA – 23/04
Seminário “Arte para as infâncias no Séc. XXI: Tecnologias e analogias” (com mesa de debates às 8h30 e 14h)
Local: Auditório A – Unesp (R. Cristóvão Colombo, 2265 – Jardim Nazareth)
8h30: Palestra “O Leitor com deficiência visual e os livros acessíveis
Com Julia Bonel – Articuladora da Rede de Leitura Inclusiva (Fundação Dorina Nowill)
Local: Auditório A – Unesp (R. Cristóvão Colombo, 2265 – Jardim Nazareth)
Proposta: O Leitor com deficiência visual e os livros acessíveis: Palestra voltadas aos intermediários da leitura e àqueles que se interessam pela inclusão de pessoas com deficiência, com o objetivo de fomentar a inclusão e a acessibilidade para todos. Sobre a artista: Julia Bonel é mãe da Liz Maria, formada em biblioteconomia com pós-graduação em educação infantil e cultura. Amante de livros desde a infância, acredita na leitura como meio de transformação social. Atuou em diversos projetos culturais como mediadora de leitura e contadora de histórias. Atualmente é articuladora do projeto Rede de Leitura Inclusiva da Fundação Dorina Nowill, que tem como missão de fomentar a inclusão e a acessibilidade para todos.
9h30: Clube do Livro Inclusivo
Com Israel Neto
Local: Instituto dos Cegos (Rua Doutor Cleo Oliveiro Roma, 200)
Proposta:O Clube do Livro Inclusivo convida leitores de todos os níveis a mergulharem em três obras cheias de personalidade e diversidade narrativa: A Cabeça de Zumbi (suspense/terror), a Coleção Literária Besouro – Vol. 3 (literatura infantil) e Os 3 Esus e o Tempo (história em quadrinhos). Três estilos diferentes, três jeitos únicos de contar histórias — todos reunidos em um mesmo espaço de troca e escuta. A cada encontro, o clube se abre com a apresentação da obra do dia, seguida por momentos de leitura individual (com o mediador e os participantes) e uma roda de conversa sobre os detalhes, as sensações e os elementos marcantes de cada leitura.
10h30: Contação de Histórias “Conto!”
Com Mandingueiras da Pracinha
Local: Auditório A da Unesp (R. Cristóvão Colombo, 2265 – Jardim Nazareth)
Sinopse: Num passeio por memórias afetivas, vivências artísticas e muita pesquisa, nasce o “Conto!”. A narração de histórias “Conto!” é costurada com afeto, tempo e espaço dedicados à arte ancestral da narrativa e da partilha de histórias da nossa gente. “Conto!” é um encontro afetivo cheio de compartilhamento, que busca incentivar as pessoas adultas, sem excluir a presença das crianças, a estarem nesse espaço cheio de causos com gosto e cheirinho de café!
13h30: Contação de Histórias “História das Cores”
Com Duo Passarim
Local: Auditório A da Unesp (R. Cristóvão Colombo, 2265 – Jardim Nazareth)
Sinopse: Baseada em uma antiga lenda dos povos indígenas de Chiapas – México, “A História das Cores” conta o começo do mundo e o surgimento das cores. Com Música Popular Brasileira e a sabedoria pé no chão dos povos indígenas, a “História das Cores” é, sobretudo, uma história sobre a grande diversidade humana.
Ficha técnica:
Duo Passarim: Glauco Garcia, Diego Guirado.
13h30: Contação de Histórias: A Festa da Onça
Local: Instituto dos Cegos (Rua Doutor Cleo Oliveiro Roma, 200)
Sinopse: “A festa da onça” narra as peripécias da pintada diante do desejo de jantar um ensopadinho de coelho. A danada só não contava com o poder do coletivo! Através das literaturas oral e escrita, dos versos rimados inspirados na Literatura de Cordel e nas cantigas da Capoeira Angola, o público se encantará com a sabedoria e a união da bicharada.
Duração: 50 minutos
14h: Seminário “Arte para as infâncias no Séc. XXI: Tecnologias e analogias” –
Local: Auditório A da Unesp (R. Cristóvão Colombo, 2265 – Jardim Nazareth)
19h30 – 22h: “IMAGEM E AÇÃO – Intersecções entre o teatro e a história em quadrinhos”
Com Lucas Rodrigues
Local: Casa de Cultura Dinorath do Vale (R. Roberto Símonsen, 120 – Chácara Mun.)
A proposta nasceu da interseção entre a linguagem teatral e a narrativa sequencial das HQs, percebendo o potencial dessa fusão para envolver e engajar jovens no universo literário de forma lúdica e acessível. A partir de improvisações teatrais, os participantes criam histórias, que são inicialmente desenhadas pelos participantes em material de cartolina e depois são transformadas, através do corpo, e depois registradas “fotograficamente” e transformadas em quadrinhos, fortalecendo o protagonismo juvenil na produção cultural.
Inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdOkZh1DvugqnHa_L-cbkFOOxTHWouYOy9zwQK7g_LcBRdniw/viewform
19h30: Cerimônia de Abertura do FrESTA e Show com “Kombinados”
Local: Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto (Av. Brg. Faria Lima, 5381 – Vila São José)
Sinopse: O grupo Kombinados, de São José do Rio Preto (SP), é uma banda musical voltada para o público infantil e familiar. Eles se destacam por suas apresentações lúdicas e interativas, combinando música, teatro e personagens coloridos em shows que encantam crianças e adultos. A banda é formada por músicos e atores que interpretam personagens como o Burro, a Gata, o Tucano e a Arara. Proporcionando uma experiência nostálgica e divertida para toda a família, as apresentações são marcadas por músicas animadas, coreografias envolventes e interações com o público, criando um ambiente festivo e educativo.
QUINTA-FEIRA – 24/04
9h: Contação de Histórias “O menino detrás do circo”
Com Weslley Borges
Local: Núcleos da Esperança
Sinopse: Zezinho é um menino de olhos acesos e coração inquieto, que passa os dias olhando para o horizonte, sonhando com o que existe do outro lado dos morros. Em seu peito mora o desejo de ir além, de tocar o céu e descobrir novos mundos. Quando um circo chega à sua cidade, a mágica que ele carrega pode ser a ponte entre o sonho e a realidade. Livremente inspirada no livro “O Menino Detrás das Nuvens”, de Carlos Augusto Nazareth, esta contação de história é um convite para lembrar que sonhar ainda é — e sempre será — um ato de coragem. Com músicas, mamulengos e uma narração que convida o público a fazer parte da trama, cada espectador ajudará a desenhar os caminhos de Zezinho, até o final dessa viagem cheia de magia e encanto.
9h: Contação de Histórias “A Menina e o Mar”
Com Mandingueiras da Pracinha
Local: Núcleos da Esperança
Sinopse: “A menina e o mar” é uma celebração à Cultura Popular Brasileira, unindo os saberes populares orais com a musicalidade, as brincadeiras e os festejos dos nossos Brasis. A narração apresenta a história de Luiza, uma menina Capoeira que mora próximo ao mar e que busca solucionar o problema de sua comunidade através de um sonho.
9h30: Clube do Livro Inclusivo
Com Israel Neto
Local: Local: Instituto dos Cegos (Rua Doutor Cleo Oliveiro Roma, 200)
Proposta:O Clube do Livro Inclusivo convida leitores de todos os níveis a mergulharem em três obras cheias de personalidade e diversidade narrativa: A Cabeça de Zumbi (suspense/terror), a Coleção Literária Besouro – Vol. 3 (literatura infantil) e Os 3 Esus e o Tempo (história em quadrinhos). Três estilos diferentes, três jeitos únicos de contar histórias — todos reunidos em um mesmo espaço de troca e escuta. A cada encontro, o clube se abre com a apresentação da obra do dia, seguida por momentos de leitura individual (com o mediador e os participantes) e uma roda de conversa sobre os detalhes, as sensações e os elementos marcantes de cada leitura.
*Não é necessário se inscrever
11h: Vídeo-Poema “Te escrevo a mão, mas te consumo pelos olhos” + bate papo com a autora
Com Lia Petrelli
Local: Youtube
Sinopse: Curta-metragem experimental, feito a partir da crônica homônima, que integra a coletânea “Se uma casa tombar no meio da cidade” (Vila Itororó e Prefeitura de São Paulo, 2023), junto ao Coletivo Escrivaninha. A crônica discute o nome da cidade de São Paulo, derivado do santo, de forma poética, e se traduz para a linguagem audiovisual buscando capturar a essência mais cruel da cidade. O curta tem captação, direção, montagem, edição e trilha sonora de Lia Petrelli, também autora do texto.
12h: Podcast “Literatura e Movimento Negro”
Com Ivan Reis
Local: Youtube/Spotify
Descritivo: Ivan Reis é Poeta Negro, pesquisador de Literatura Negro Brasileira, autor dos livros: “Nó na Garganta” 2020 – “Letras Negras 2020” – “Negru-me” 2021 e “Eu sou Poesia Negra” 2015. Foi conselheiro Afro de 2007 a 2019 sendo Presidente no biênio 2018-2019.
Foi coordenador e idealizador do “Noite Preta” -2019. Foi premiado pelo Departamento de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo pelos serviços prestados junto a comunidade Negra. Atua no departamento de Diversidades na Fundação CASA, onde está desde 2002 quando o projeto levava o nome de “Quesito Cor”. Foi convidado pela O.N.U. Organizações das Nações Unidas através do departamento de Igualdade Racial do Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo a fazer o curso de Direitos Humanos. Foi candidato a vereador pelo Partido doSolidariedade para cumprir a função na área do Movimento Negro.
14h: Contação de História “Abayomi: produção de bonecas, a história de uma menina negra e os encontros que trazem esperança”
Com Coletivo Giras Artísticas
Local: Sede Cia Apocalíptica (Gen. Osório, 1160 – Vila Boa Esperanca)
Sinopse: Unindo performance, música e artesanato, o projeto “Abayomi: produção de bonecas, a história de uma menina negra e os encontros que trazem esperança” é inspirado na obra “Vida que Voa”, da artesã maranhense, Lena Martins, também criadora da boneca Abayomi, uma boneca preta feita sem cola ou costura que se tornou símbolo de resistência da cultura afro-brasileira. A contação de história musicada conta com um elenco potente, composto por David Balt, Christina Martins, Sandro Soares, Rogerio Pinheiro e Elis Bohrer, essa última é a idealizadora, através de sua produtora Gira Promoções Artísticas e Musicais
14:30h: Espetáculo “Memórias de Machadinho”
Com a Cia. Bardos de Teatro
Local: Teatro Nelson Castro (Av. Felíciano Sáles Cunha, 1020 – Jardim Novo Aeroporto)
Sinopse: “Memórias de Machadinho” é uma livre inspiração sobre a infância do escritor Machado de Assis. O enredo se passa em um museu, em que o público é recepcionado pelo Dr. Simão Bacamarte, médico e acompanhante do escritor. O texto propõe um divertido encontro entre Machado de Assis e seu personagem, O Alienista. Para reviver o passado do escritor, as personagens manipulam um brinquedo (Boneco Machadinho), que representa Machado de Assis quando criança. Juntos, irão revisitar os tempos de menino do autor, suas origens e como se tornou um dos maiores escritores do mundo. A jornada se inicia no Morro do Livramento no Rio de Janeiro e tem parada obrigatória na África, terra dos antepassados de Machado. Em “Memórias de Machadinho”, o escritor orienta a juventude ao dizer: “…na vida, precisamos compreender de onde viemos para depois sabermos para onde iremos.”
14h: Contação de Histórias “A Menina e o Mar”
Com Mandingueiras da Pracinha
Local: Núcleos da Esperança
Sinopse: “A menina e o mar” é uma celebração à Cultura Popular Brasileira, unindo os saberes populares orais com a musicalidade, as brincadeiras e os festejos dos nossos Brasis. A narração apresenta a história de Luiza, uma menina Capoeira que mora próximo ao mar e que busca solucionar o problema de sua comunidade através de um sonho.
14h: Contação de Histórias “Cria”
Com Dani Ribeiro
Local: Núcleos da Esperança
Sinopse: Dani Ribeiro vem para o FRESTA com sua Contação de histórias intitulada “Cria”, que traz como proposta histórias que conectam emoções, e desconectam-se das telas, abrem caminhos para criarmos possibilidades de conexões com o eu e o outro, partindo de elementos naturais e que vem da terra. Somos cria deste mundo, e não podemos nos esquecer que olhar nos olhos reafirma o verdadeiro sentido de nossa existência.
18h: Roda de Conversa “Sinceramente, minha vida é uma mentira”
Com Natts Teodoro
Local: Biblioteca da UNESP (R. Cristóvão Colombo, 2265 – Jardim Nazareth)
Proposta: “Sinceramente, minha vida é uma mentira” é um álbum de estúdio que mistura pop e funk, resultando em uma experiência sonora potente, autêntica e visceral. Ao longo de 7 faixas, a artista trans expõe as diversas camadas de sua identidade, mergulhando nas complexidades de sua trajetória pessoal. A obra é um retrato honesto das pressões e expectativas impostas pelo mundo externo, revelando como os olhares da sociedade podem distorcer — e até apagar — a essência de quem se é. A atividade propõe um bate-papo aberto sobre o processo de criação do álbum, da composição à produção. Será um espaço para discutir os temas presentes nas músicas, refletir sobre suas múltiplas dimensões e compartilhar experiências pessoais que dialogam com a narrativa da obra. Além disso, a conversa pretende explorar o papel da arte como ferramenta de transformação: capaz de despertar novas perspectivas, provocar questionamentos e abrir caminhos para um diálogo profundo sobre identidade, resistência e expressão.
18h: Inventário de Oralidades
Com Lelé Arantes
